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Henrique Correia

João Henrique Pinto Correia

 

58 anos

 

35 anos de Jornalismo Profissional

​

Jornalista sempre (Carteira Profissional 371)

Sobre

"Sou um pré-reformado. Compulsivamente reformado. Aos 58 anos de idade. Sem saber, era jornalista desde pequenino. Mas descobri quando tinha idade para tirar carta, naquele tempo começava-se cedo a trabalhar e já era difícil fazer o que se gostava e ainda por cima receber ordenado por isso. Era o tempo do senhor doutor e do senhor engenheiro ou mesmo do senhor bancário que era como se fosse um doutor. Fui logo para jornalista, só para contrariar. Ainda bem que fui.  Aconteceu-me. Foi uma sorte. Mesmo que se diga que a sorte é coisa que se procura e que dá muito trabalho. Nem por isso, o trabalho passou rápido e os anos também, 35 de atividade profissional muito gratificantes, muitos desses anos em funções de chefia, que tem os seus prós e os seus contras, passando pelo Jornal da Madeira (81 a 83), Diário de Notícias (83 a 2000), Jornal da Madeira (2000 a 2015) e JM (2016). E enquanto esperava esta aposentação repentina, exercitei a escrita no Funchal Notícias, uma experiência muito interessante como passagem momentânea para outra fase.

 

Vi tanta coisa que nem conto. Dizem que um homem deve fazer três coisas: escrever um livro, plantar uma árvore e fazer um filho. Só cumpri este último objetivo. logo duas de uma assentada, talvez esteja dispensado de escrever o livro e mesmo de plantar uma árvore, gosto da natureza mas o meu forte, mesmo, foram flores de plástico. Quanto ao livro, talvez tivesse sido a Providência Divina a intervir para que parte da história do jornalismo ficasse por contar. Nunca se sabe. O Divino lá tem os seus encantos. E os seus segredos.

 

O jornalismo estranha-se, entranha-se e apaixona-se. Se não for assim, não dá, é melhor escolher outra profissão. Sempre fiz jornalismo com paixão. Nem sempre correu bem, mas mesmo nos momentos menos gratificantes, menos livres (embora a liberdade e a independência mereçam muito debate no jornalismo, não há jornais independentes), foram alguns, foi a paixão da escrita que "alinhavou" o chão que pisava. Foi paixão sempre, neste jogo permanente de palavras, que umas vezes diziam mais do que outras, mas disseram essa paixão a cada letra que passava. 

 

E é assim, neste enquadramento, que quero continuar a escrever, agora de uma forma tranquila, muito pessoal, muito minha, sem o rebuliço do jornalismo corrente, é um blog não é um jornal, mas com o jornalismo no coração e a informação quanto baste para dar suporte a este mundo em que se conta histórias de vida e para a vida. 

A vida é assim, feita de ciclos. Não sei para onde vou nem quando vou. Mas sei que vou por aqui, agora, e todos são bem vindos a este modesto recanto."

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