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Foto do escritorHenrique Correia

Um dia a Quinta vem abaixo



Governo vai construir um projeto habitacional nas antigas instalações do FAOJ, na Rua 31 de Janeiro, a conhecida historicamente pela Quinta das Lagartixas. O problema é que é para demolir e há polémica por isso.






O Governo Regional anunciou, com destaque, o avanço do projeto "Living Studios 31 de Janeiro", a cargo da PATRIRAM. São mais 88 camas que serão disponibilizadas no centro do Funchal, em regime de quartos simples, duplos e estúdios com kitchenettes. O objetivo "é a fixação dos jovens madeirenses, mas também de estudantes deslocados, professores e investigadores no Funchal, com as vantagens inerentes de dinamização de comércio e serviços nas áreas circundantes, com consequente aumento de segurança, para além da reabilitação dos próprios edifícios", disse Miguel Albuquerque quando visitou o local, as antigas instalações da FAOJ, junto à atual sede da PATRIRAM, na Rua 31 de Janeiro.

Acontece que o empreendimento vai nascer numa Quinta Histórica (Antiga residência da Irmãs Lagartixas - Família da Dr. Maria do Carmo Leite Monteiro Rodrigues, 1924-2014, que a doou ao GR - Quinta das Lagartixas) e o JPP veio a público questionar - Quinta histórica do século XVIII, um dos mais interessantes exemplares em bom estado de conservação, em risco de ser arrasada totalmente pelo Governo PSD/CDS/PAN - e depois comprovar com imagens e um comentário de Élvio Sousa, o líder parlamentar: "Mais depressa se apanha um mentiroso, do que um ccoxo. O Secretário da Cultura, Eduardo Jesus, negou atrapalhado, e afirmou que o “assunto estaria a decorrer internamente”. Mas, escondeu que na página oficial do governo, o projeto apresentado arrasa totalmente a Quinta das Lagartixas do século XVIII, um dos mais belos exemplares de edifícios torreados do Funchal. E para a construção de apartamentos.

Ficam, aqui, as provas do “crime”.


Onde anda a verticalidade da Direção Regional de Cultura?

Também o historiador Nelson Veríssimo veio a público, na sua página do Facebook, comentar o assunto": "DEMOLIR ESTE IMÓVEL É UM CRIME...! MAS ELES TÊM JÁ A MIRA APONTADA".

O investimento de cerca de 7 milhões de euros, que será realizado com recursos próprios da PATRIRAM, visa promover, segundo o Governo, "uma maior dinâmica imobiliária e manter a filosofia de recuperação urbanística na baixa do Funchal, criando novas oportunidades para os jovens residirem numa zona nobre da cidade e pensando o ecossistema académico de investigação ligado às novas tecnologias, esbatendo a tendência recente de alguma desertificação do centro do Funchal".

A conclusão do empreendimento deverá acontecer até final de 2026.

De acordo com o estudo prévio, estão previstas 88 novas camas, distribuídas por 48 quartos simples, 12 quartos duplos, 8 estúdios individuais e 4 estúdios duplos.

No rés do chão está previsto um espaço para a instalação de serviços e 14 lugares de estacionamento em cave.

No primeiro piso serão construídas salas de estudo, cozinhas comuns, uma lavandaria, refeitório, ginásio e um lounge de convívio.

Nos pisos 2, 3,4 e 5 ficarão todas as unidades de alojamento.

Na cobertura, o projeto prevê a construção de uma pista de manutenção, uma quadra desportiva, uma cozinha exterior e um espaço de refeições outdoor.




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