José Manuel Rodrigues surpreende ao defender a “subordinação dos poderes económico e financeiro ao poder político. Iniciativa Liberal ganha um "aliado" de peso na defesa do voto antecipado nas Regionais.
José Manuel Rodrigues, o presidente da Assembleia Regional, defendeu esta quinta-feira, na sessão solene de abertura da “Think+ 2023 International Conference on Digital Economy, Tourism and Human Development”, organizada pelo Instituto Superior de Administração e Línguas – ISAL, duas realidades que têm andado na ordem do dia: o limite de mandatos para cargos executivos e o voto antecipado e em mobilidade, o que deverá agradar à Iniciativa Liberal, que tem essa bandeira para as eleições regionais e agora um apoio de peso, o presidente da Assembleia. José Manuel Rodrigues pode, ele próprio na qualidade de deputado, fazer essa proposta a tempo das Regionais na Madeira, as únicas onde esse voto não é ainda possível.
O presidente do Parlamento defende o limite de mandatos nos “cargos executivos, nos diversos níveis de administração”, e a introdução do “voto eletrónico em todas as eleições, bem como a facilitação do voto antecipado ou em mobilidade”, como forma de "melhorar a credibilidade e o envolvimento dos cidadãos na política, na sociedade e na construção de melhores democracias".
Rodrigues pediu, por outro lado, esforços para que haja uma “subordinação dos poderes económico e financeiro ao poder político, (…) sem pôr em causa a desejável colaboração para o crescimento e desenvolvimento das comunidades. O Bem Comum tem de se sobrepor a qualquer interesse particular”, afirmou.
Rodrigues acrescenta: “Necessitamos de encontrar outros mecanismos de participação dos cidadãos no funcionamento do sistema político, nomeadamente dando-lhes a possibilidade de participar no processo legislativo, mas também no decisório, seja através de organizações da sociedade seja individualmente.
O Presidente do Parlamento Madeirense vincou que “a ética e o respeito pela lei têm de pautar todas as ações dos agentes dos diversos poderes, combatendo o sentimento de impunidade ou a sua perceção por parte dos cidadãos. Em Democracia, ninguém está acima da lei”, rematou.
Entende, também, que “os partidos e as organizações devem ter Códigos de Conduta para os seus membros e devem cultivar a meritocracia, o trabalho e a competência no seu funcionamento, evitando os carreirismos e as clientelas”.
Lamentou o “clima de suspeição que varre as nossas sociedades”, que “corrói a confiança da sociedade nos seus dirigentes e põe em causa a Democracia”, refere uma nota do Parlamento.
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