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Presidente da Assembleia "arrasa": não estamos mais seguros do que antes de 2010

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia

Muitas vezes o dinheiro investido foi para repor erros cometidos em vez de ter sido para corrigir os erros.




José Manuel Rodrigues não falou na qualidade de líder do CDS Madeira e, por isso, não foi uma estratégia cirúrgica de campanha. Foi mesmo na qualidade de presidente da Assembleia Regional dissolvida que fez declarações de novo surpreendentes de crítica à governação que ele próprio apoiou por via do acordo de incidência parlamentar, que embora sem garantir maioria absoluta ao Governo, assegurou a presidência do Parlamento ao CDS.

Na onferência, com exposição, "A água flui, as pedras levam...”, que serviu para assinalar os 15 anos da aluvião, que em 2010 fez 47 mortos, mais de 600 desalojados, 250 feridos e mais de mil milhões de euros em prejuízos, José Manuel Rodrigues disse não saber se a Região tem sabido aprender com “os erros do passado”.

Nesta reflexão o investigador João Baptista alertou para as fragilidades que persistem, nomeadamente para a construção em zonas de risco, defendendo “intervenções urgentes” de modo a minimizar os riscos. Entre os pontos positivos, o professor universitário destacou as “estruturas de retenção da carga sólida construídas nas ribeiras”.

José Manuel Rodrigues tem registado os alertas deste engenheiro-geólogo, mesmo antes de 2010, e vincou que mais uma vez “ficou demonstrado que não estamos mais seguros do que estávamos antes de 2010. É evidente que muito dinheiro foi investido, mas muitas vezes o dinheiro investido foi para repor erros cometidos em vez de ter sido para corrigir os erros que nós tínhamos cometido durante décadas. A propósito do que João Baptista disse, que é preciso aprender com os erros do passado, eu não sei se nós temos aprendido”, desabafou.

José Manuel Rodrigues defendeu, por isso, uma participação mais ativa dos decisores políticos, dos decisores económicos e dos cidadãos, ao longo de todo o ano, e não apenas no dia em que se assinala a tragédia, mostrando-se preocupado com o facto de “haver infraestruturas de proteção civil sediadas junto a leitos de ribeiras” e de se continuar a contruir “infraestruturas vitais para a cidade do Funchal junto a leitos de ribeiras”, dando como exemplo “a ETAR do Lazareto que está num vale de uma ribeira”.

A exposição, que pode ser vista no Museu de Eletricidade Casa da Luz, é composta por fotografias de oito fotógrafos madeirenses: Duarte Gomes, Gregório Cunha, Hélder Santos, Joana Sousa, João Homem de Gouveia, Mário Pereira, Octávio Passos e Rui silva. Inclui, também, imagens fornecidas pelo Regimento de Guarnição N.º 3 (RG3) e do próprio Filipe Afonso.

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