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Foto do escritorHenrique Correia

Presidente da ACIF esteve quase a abandonar reunião com a Câmara do Funchal



João Rodrigues foi o motivo da crispação para abordar a proposta de alteração do regulamento de horários de funcionamento de estabelecimentos e atividades ruidosas.



Jorge Veiga França é o presidente da ACIF e ontem reuniu-se, na Câmara do Funchal, com a presidente da Autarquia Cristina Pedra, e com o vereador do Urbanismo João Rodrigues. Em cima da mesa para debate e auscultação daquela estrutura associativa esteve a proposta de alteração do regulamento de horários de funcionamento de estabelecimentos e atividades ruidosas. A notícia desse encontro foi divulgada ontem, mas hoje o líder da ACIF publicou uma espécie de desabafo visando João Rodrigues e revelou que este muito perto de abandonar a reunião face ao comportamento do vereador.

Jorge Veiga França escreve que "encetado o diálogo, repetidamente, cortou-me a palavra ao ponto de, por um triz, eu não ter dado por findo o encontro face à situação bastante tensa que nos envolveu, mas que lá se foi normalizando e entrou finalmente em linha com o propósito que ali nos levara.

Passemos adiante, vamos relevar e assumir que, embora deteste quando as circunstâncias rumam neste sentido, faz parte da vida e quando sucedem, raramente as podemos evitar pois há de facto indivíduos com personalidades e feitios antagónicos que claramente se chocam e, nesse caso, pouco ou nada há a fazer!

Para todos os efeitos, a primeira sensação que me ficou foi a de um velado, intencional, incompreensível e inaceitável "raspanete" a uma sólida instituição cujo objetivo ali era tão somente o de defender os legítimos interesses dos seus empresários das diversas áreas do setor turístico ou de outras atividades com implicação direta no seu crescimento sustentável, tentando expor e fazendo valer o respetivo legítimo ponto de vista sobre uma medida polémica que, ao não ser mitigada e amadurecida também com a visão do setor empresarial e assim todos os atores sejam ouvidos, arrisca-se a ser qualificada de discricionária e ou mesmo discriminatória e vir a causar, a breve trecho, um impacto na evolução futura do setor que mais fortemente contribui para o crescimento do nosso PIB regional".

O presidente da ACIF espera que o documento seja alterado: "Não questiono o mérito e a benevolência do Município ao estudar profundamente e ter criado esta proposta, mas em democracia todos devemos estar abertos ao contraditório e disponíveis para aceitar diferentes perspetivas e soluções para um mesmo problema que, sem rodeios, creio necessitar de um ato de contrição ou de consciêncialização por parte de todos nós na prática habitual enquanto agentes económicos, indivíduos e famílias, empresas e setor público no integral cumprimento da lei, mantendo sempre presente que, mesmo em democracia, a nossa liberdade, enquanto atores em sociedade, termina quando prejudicamos e coartamos a liberdade dos demais".

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