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Foto do escritorHenrique Correia

Miguel Alves um JPP desiludido: "Mas que ganância e ambição..."




Vereador do partido em Santa Cruz comenta tensão que levou ao afastamento de Filipe Sousa: "E eu a pensar que finalmente havia um partido que se distinguia dos outros. Ah burrinho..."



Miguel Alves, vereador da Câmara Municipal de Santa Cruz, eleito pelo Juntos Pelo Povo, está desiludido com o partido que prometia a luta, a diferença e a alternativa num modelo de oposição. Entre 1990 e 2015 foi membro da Comissão Política Regional do CDS/PP-Madeira e sub-Secretário Geral do mesmo partido. Em novembro de 2015 passou a ser militante do JPP. Foi assim até ao desencanto quando o lider Filipe Sousa bateu com a porta por divergências com dirigentes do partido, entre eles o seu irmão Élvio Sousa, aparentemente pelo facto do líder ter sido "afastado" na lista de candidatos às Regionais de 24 de setembro.

Agora, no Facebook, Miguel Alves publicou uma larga exposição onde aponta a "tremenda trama com que o ex-Presidente do JPP, Filipe Sousa, foi alvo por parte de um grupo de deputados “fiéis” e que desde então se dizia e afirmava diferentes (incluindo eu) dos outros, em relação aos deputados dos partidos do arco da governação".

O vereador tem uma leitura: "A ganância e a ambição da prevalência no poder pelo poder sobrepuseram-se ao tamanho do juízo/inteligência e vontade dos mesmos. O que é estranho. Qualquer lista partidária que se preze, tem sempre o foco no seu presidente, como é evidente e lógico. Nem é preciso ser muito inteligente para se ter a noção deste facto".

Na opinião de Miguel Alves "no mínimo dos mínimos, mesmo que não houvesse lugar na lista para o ex-presidente Filipe Sousa, o que veio a acontecer, infelizmente, este integraria ou seria convidado, digo eu, pelo “Núcleo Duro” do partido, para ser o Mandatário da Candidatura. Uma questão que se impõe: que factos é que estão por detrás desta traição política, que nenhum dos atuais deputados, sugeriu ou pior, não quiseram que o ex-Presidente Filipe Sousa, fosse o Mandatário da atual Candidatura?"

Miguel Alves diz que "ninguém supunha que o cozinhado andava a ser preparado nas suas costas. Impressionante e triste tudo isto. Da minha parte, votar no JPP, jamais. A deceção é evidente e inimaginável".

o vereador lembra: "Como sabem, nas últimas eleições para a Assembleia Regional, em que sentaram até ver, três deputados da confiança do ex-Presidente, Filipe Sousa, o JPP obteve 7.830 votos, dos quais só 5.247 foram oriundos do concelho de Santa Cruz.

- A diferença de votos, o correspondente a 2.583, são o resultado do resto dos 10 Concelhos da Madeira. Tirem as ilações".

lE acrescenta": "Da minha parte, como todos sabem, vou continuar a estar ao lado daquele em que me revejo nas atitudes de como ainda é o JPP e a sua atuação diária no Concelho de Santa Cruz versus Câmara Municipal, com a mesma lealdade que nutro com o atual Presidente de Câmara, sendo certo que quando terminar o meu mandato, irei de vez para o meu lugar onde exercia funções profissionais, sem qualquer problema e acima de tudo, sem atropelar/matar a galinha dos ovos de ouro, como fizeram os atuais deputados do JPP na Assembleia Regional.

- E eu a pensar que finalmente havia um partido que se distinguia dos outros. Ah burrinho..."


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