"Não será possível a associação a qualquer lista encabeçada pelo atual presidente, cuja postura não defende o superior interesse da Região".
Manuel António Correia não gostou que Miguel Albuquerque tenha colocado a diferença interna de opiniões sobre o PSD a uma questão de cargos. E disse-o em comunicado reagindo às declarações do atual lider, que no Curral das Freiras mostrou disponibilidade para integrar o opositor na sua equipa como sendo uma solução para unir o partido.
Manuel António Correia escreve que "o PSD-Madeira deve oferecer aos Madeirenses e Porto-santenses uma solução política que os sirva e que possa impedir o agravamento da já longa crise política na Região. Pelo contrário, com a liderança e candidatura do Dr. Miguel Albuquerque, em vez de reconquistar a ansiada estabilidade, será aprofundada ainda mais a crise política na Região".
O antigo secretário regional, que perdeu para Albuquerque as últimas internas, mas reuniu metade do partido, acrescenta que "desde há muito, procura-se evitar esta situação, nomeadamente com o pedido de um congresso extraordinário eletivo do PSD-Madeira, relativamente ao qual ainda não foi recebida qualquer posição dos órgãos do partido. Reitera-se a necessidade urgente de que tal aconteça o mais brevemente possível. Infelizmente, o Presidente do Partido parece não partilhar o interesse em ouvir o partido, ignorando reiteradamente o pedido expresso de 540 militantes por um rumo diferente".
Manuel António diz que "os Madeirenses e Porto-santenses conhecem a nossa posição sobre o rumo que o Partido e a governação da Região estão a seguir, que se afasta do verdadeiro interesse da Madeira. O nosso caminho diverge profundamente daquele que a atual liderança decidiu trilhar. Como social-democrata, defende-se uma visão diferente para a Madeira e para o PSD, alicerçada na estabilidade, no compromisso com os cidadãos e no fortalecimento democrático do partido. Neste contexto, torna-se evidente que não é possível encontrar consensos com o projeto liderado pelo Dr. Miguel Albuquerque. Por essa razão, não se poderá nem se irá desiludir os Madeirenses que acreditam no nosso projeto e caminho, verdadeiramente comprometido com os interesses da Região e com os Valores do partido.
Por isso, para preservar a nossa coerência e convicções, tornamos claro que não será possível a associação a qualquer lista encabeçada pelo atual presidente, cuja postura não defende o superior interesse da Região Autónoma da Madeira e do PSD, mantendo-nos determinados nos propósitos pelos quais vimos lutando e que melhor servem o partido, os seus militantes e a população em geral".
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