Elisa Seixas regressa como candidata na lista do PS. Vai em 11.º lugar.
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Diz o povo que "águas passadas não movem moinhos". E é verdade, no caso dos moinhos, em política não é bem assim, as "águas passadas" movem memórias e agitam partidos de uma forma muito acentuada dependendo da assertividade e acutilância das observações.
No particular das listas partidárias, não há forma de evitar uma "mexida" das "águas", com declarações, umas mais públicas, outras menos, apontando mais defeitos do que virtudes, por um lado puxando pela memória, sobretudo para quem eventualmente perdeu com o tempo, mas também pelas estratégias visando aquilo que em política é transversal aos partidos, as chamadas clientelas. E nisto de partidos e clientelas, digamos que não há grandes diferenças, como por exemplo a reportagem sobre as horas extra dos motoristas de gente importante da Assembleia da República, que abrangia 18 e 19 horas de trabalho em todos os sábados do ano, sem férias nem feriados. E eram motoristas de Ferro Rodrigues ( PS), de Fernando Negrão (PSD), de Nuno Melo (CDS) e de Carlos Filipe (PCP). Aqui bem se pode dizer que é tudo igual.
Mas vamos ao que interessa mais, as listas regionais do PSD e do PS, onde as críticas rapidamente se fizeram sentir. No PSD, sem grandes mudanças, nota-se uma aparente "promoção" de Rafaela Fernandes, hoje secretária regional, e Leonel Silva, presidente do Município de Câmara de Lobos. A Assembleia precisa de combate político e de fazer pontes num contexto de negociação explica Miguel Albuquerque, o que significa que Rafaela é peça importante para esse combate, talvez menos para fazer pontes, a menos que as pontes indicadas por Albuquerque sejam função de Leonel, facilitando assim a escolha de outro candidato para Câmara de Lobos e tirando protagonismo a um apoiante de Manuel António sem parecer afastamento descarado.
Quanto ao PS, as novidades são, sem dúvida, a entrada direta para o "top ten" do coordenador dos Estados Gerais, para muitos uma surpresa. Mas Paulo Cafôfo explica: "Nos dez primeiros lugares comparativamente à última candidatura, a começar pelo regresso de Sílvia Silva e Elisa Seixas, antigas deputadas, que se destacaram pela competência e provas dadas, mas também o coordenador dos Estados Gerais, o professor universitário e investigador Gonçalo Leite Velho".
Pois bem, não demorou muito para o antigo secretário-geral socialista e antigo vereador João Pedro Vieira recordar um artigo publicado no JM, nas eleições de 2023", onde a agora regressada Elisa Seixas declarava a saída da Assembleia como sendo fruto de uma saturação a situações que, em sua opinião, não dignificam o Parlamento. Escreve João Pedro Vieira: "Sobre a “seriedade” de quem passou uma vida inteira dedicada a tentar enlamear todos os outros à volta: há momentos que são auto-explicativos. O enfartamento passou com alka-seltzer?"
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