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Foto do escritorHenrique Correia

Jardim revela: há descontentes no núcleo duro de Albuquerque



A revelação foi feita por Alberto João Jardim em entrevista à CNN Portugal. Defende que esse núcleo duro deve dar 24 ou 48 horas a Albuquerque para sair.



Alberto João Jardim defendeu este domingo, em entrevista à CNN, que o núcleo duro de Miguel Albuquerque, onde garante haver descontentamento, deve dar 24 ou 48 horas ao líder para sair. E apesar de não apontar nomes para uma nova liderança, diz que esta deve sair do Governo e de pessoas que o próprio Albuquerque apoiou para a sua equipa, podendo deduzir-se que o antigo presidente do Governo e do PSD-M estaria a pensar num secretário regional, pelo menos num dos nomes. Uma coisa é certa: o não a Albuquerque também é extensivo a Manuel António Correia, que Jardim apoiou e foi seu governante. Só que agora é diferente em nome da unidade.

Se Albuquerque se mantiver renitente quanto a uma saída, Jardim está convencido que "o PSD volta a ganhar em eleições mas vai continuar a perder votos. Vamos ver se antes há uma solução", apelando assim à concretização das movimentações em curso, até de pessoas próximas do líder.

Nesta entrevista à CNN Portugal, Jardim aponta que a sua "preocupação é, em primeiro lugar a Madeira e depois o PSD. A Madeira está a viver numa instabilidade, primeiro devido à perda de maioria absoluta do PSD, e depois porque a Justiça não funciona como devia funcionar num país democrático. Ou isto muda ou o PSD afunda". Foi assim que o antigo presidente do Governo e do PSD começou a entrevista.

Jardim responsabiliza o atual líder, Miguel Albuquerque, pelo estado do partido. "Um bom lider une, não desune. Em nove anos, ele não conseguiu unir o PSD", disse o homem que governou a Madeira com maiorias absolutas.

Como é que se une um partido? Jardim responde que é ouvindo todos, chamando todos à responsabilidade, tratando as pessoas com cuidado. Mas há outro problema, que é a morosidade da Justiça e que demora muito a resolver. A separação de poderes está a ser violada para haver processos que não andam".

O antigo presidente defende que o futuro líder do PSD-M devia sair de uma pessoa que ainda não tenha aparecido, o partido está dividido em dois. Não é havendo um Congresso do PSD Madeira, num colégio armadilhado, que se resolve a situação da liderança. A minha solução é encontrar uma alternativa através de uma figura que tenha a concordância das facções internas. Há muita gente do atual PSD que não pode dizer que não concorda mas eu sei que não concorda (ele vai dizer que foi por unanimidade). E acho que as partes devem entender-se à volta dessa figura consensual que pode sair do Governo.



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