"Não podemos, por incapacidade, deixar o campo aberto aos extremismos políticos, que tanto ameaçam a paz social e os valores de um Estado de direito democrático".
O Representante da República recebeu a Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, da Assembleia da República, a quem lembrou o percurso autonómico desde 1976, que "não tem sido isento de dificuldades, num País com tradições centralistas, que nem sempre mostra confiança para com os poderes regionais".
Ireneu Barreto fez uma dissertação sobre o desenvolvimento da Madeira, mas também sobre problemas que persistem, na Região e no País, aos quais urge dar resposta. "Devemos aproveitar o crescimento económico e a economia em quase pleno emprego para incrementar o investimento na melhoria consistente do nível de vida da população, erradicando o risco de pobreza. O desenvolvimento tem efetivamente de beneficiar todos e não apenas na satisfação das suas necessidades básicas essenciais, mas também no percurso para uma sociedade mais sofisticada, impedindo que existam trabalhadores que mantenham níveis de pobreza e fazendo com que o trabalho e a educação funcionem como verdadeiro elevador social".
Para o Representante, "num contexto em que olhamos para os jovens como a nossa esperança no futuro, em que lhes pedimos que não emigrem e que contribuam para a promoção da natalidade, é imperioso que se lhes deem respostas, desenhando e aplicando políticas que os motivem a ficar e a contribuir para a riqueza do País, proporcionando-lhes o acesso a uma vida confortável e de esperança.
Não podemos, por incapacidade, deixar o campo aberto aos extremismos políticos, que tanto ameaçam a paz social e os valores de um Estado de direito democrático, e que encontram na exclusão e nas falhas da solidariedade social o fermento que os alimenta.
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