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Ireneu põe foco na preparação militar na Europa como meio dissuasor da guerra

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 9 de abr.
  • 3 min de leitura





Representante fez alertas sobre o contexto de guerra na Ucrânia e apontou dias difíceis para os decisores e para os povos.





O Representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, foi hoje à cerimónia que assinalou o Dia do Combatente e, em simultâneo, o 107.º aniversário da Batalha de La-Lys, lembrar que "o conforto de viver no seio de alianças que todos considerávamos inabaláveis levou-nos – a nós, que vivemos no espaço europeu – a prestar menos atenção do que aquela que provavelmente deveríamos à nossa defesa coletiva.

Ireneu falava no contexto da "guerra na Ucrânia – onde diariamente se continuam a perder vidas – nos veio lembrar que o espectro do conflito não abandona a humanidade. Três anos de um confronto sem sentido – ao qual se juntam outros em diversos pontos do globo, com imagens às quais é difícil ficar indiferente.

Ora, esta realidade e as novidades geopolíticas que todos conhecemos obrigam-nos a refletir sobre a necessidade de podermos garantir a nossa própria segurança face às diversas ameaças que enfrentamos. E as decisões tomadas noutras capitais obrigam-nos mesmo a estarmos prontos para fazer face a tais ameaças".

Para o Representante "a passagem da reflexão à prontidão obriga à tomada de decisões difíceis. O que pode parecer fácil no plano das intenções será, no plano das ações, exigente.

Competirá aos responsáveis, tanto a nível nacional como ao nível europeu, encontrar as melhores respostas para as perguntas que nos vamos colocando. Numa frase simples, creio que todos concordamos que a Europa há-de saber cuidar de si mesma. Mas como financiar estas obrigações? E, encontrado o financiamento, onde investir? E como coordenar os investimentos, para que não haja sobreposições ou fundos mal aplicados?

Como em todos os tempos de grande exigência, este é um momento que demanda o melhor de todos nós. Dos decisores, a quem se exige liderança; e dos povos, que não deixarão de ser afetados pelas opções a tomar.

Espero, portanto, que seja este o desígnio de todas as Nações, e lembrando aquele provérbio latino “si vis pacem, para bellum”, se queres a paz, prepara-te para a guerra, saibamos ter a coragem de, em conjunto com os nossos parceiros europeus, fazer o que for necessário para afastar qualquer ameaça e, com isso, levar a que cessem os tiros que hoje se fazem ouvir.

Sejamos militarmente fortes para podermos dissuadir!

E que tudo isto possa ser realizado sem prejudicar o Estado social é o meu desejo e a minha esperança".

Relativamente aos antigos combatentes Ireneu Barreto refere que "não existe guerra que se faça sem mulheres e homens e sem o sofrimento da população civil. Por isso, as guerras reclamam vidas. Não só as vidas dos que sofrem o sacrifício maior, mas também parte da vida dos que, até ao fim dos seus dias, carregam as marcas físicas e psicológicas de terem sido expostos à desolação, à devastação, à destruição da frente de batalha".

A Batalha de La Lys (7 a 29 de abril de 1918) foi uma enorme ofensiva militar alemã focada ao norte da fronteira franco-belga, na região da Flandres, durante a Primeira Grande Guerra.

"Nesta batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada derrota às tropas portuguesas, constituindo o maior desastre militar português depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578".


 
 
 

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