O líder social democrata está ciente das dificuldades internas no PSD, sabe que há divisão cada vez maior, e talvez por isso quer evitar ao limite o recurso a eleições no partido.
O líder do PSD-Madeira manifestou-se sempre favorável a eleições e publicamente nunca deu sinais de pretender abdicar em favor de uma solução de Governo com outro líder, uma estratégia que não só evitava eleições como garantia estabilidade governativa com o apoio de parte da oposição, que colocaca como condição a saída de Albuquerque.
Quando aqui publicámos, em tempo próximo, que Alberto João Jardim sugeria um líder que fosse consensual e que essa figura era Jorge Carvalho, o secretário mais antigo de Albuquerque e com caraterísticas que poderiam assegurar uma transição pacífica no PSD-M, já estava em curso um processo nesse sentido, sendo que perante algumas pressões e com a consciência de um quadro político que lhe era desfavorável, o proprio Albuquerque admitiu, a determinado momento, que essa passagem destemunho seria a melhor solução para manter o PSD no Governo e com a governação assegurada em estabilidade.
Fontes ligadas ao processo garantem mesmo que Albuquerque tinha tudo acertado com Jorge Carvalho e este, inclusive, já teria feito alguns convites para o exercício do novo Governo. Sabe-se que Rubina Leal e Maurício Melim, este para secretário da Saúde, fariam parte do novo Governo.
Acontece que, um tanto inexplicavelmente, pelo menos no que toca a uma explicação política por não ter havido qualquer factor diferente, Miguel Albuquerque desfez esse acerto e voltou à primeira forma, ou seja não sair e ir mesmo a votos para ganhar, como diz e acredita inclusive na maioria absoluta. O líder social democrata está ciente das dificuldades internas no PSD, sabe que há divisão cada vez maior, e talvez por isso quer evitar ao limite o recurso a eleições no partido. E vai tentar tudo para para isso.
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