Presidente da Câmara está longe de identificar este "lapso" como sendo sem importância política. Diz que não gosta de ser convidadosno "dia do casamento".
Pedro Calado reagiu aos jornalistas à polémica relacionada com o facto do secretariado do PSD Madeira não o ter colocado no alinhamento dos discursos da Festa do Chão da Lagoa, situação hoje clarificada por Miguel Albuquerque ao afirmar que ninguém se lembrou pelo facto de nos últimos anos a Câmara do Funchal ter sido do PS. Mas garantindo que Calado vai falar. Uma explicação que não convence, nem parece convencer o próprio Calado, que pela forma como aborda a questão, está longe de ser passageira.
Acontece que o presidente da Câmara, numa reação de "quem não se sente, não é filho de boa gente", diz não saber se vai falar no Chão da Lagoa, considerando não gostar de ser convidado para um casamento no dia do casamento, ou seja em cima da hora e depois de se falar numa atitude que é apresentada como um lapso, embora ninguém acredite nisso verdadeiramente.
Calado diz que tem boas relações com o secretário-geral, que depois da intervenção de Albuquerque, surge um pouco como a pessoa que cometeu o lapso e, como tal, o "mau da fita". E diz isso para não dar a ideia de divergências diretas, mas a verdade é que já não é possível passar uma "esponja" no assunto como se nada tivesse acontecido. Para já, Calado não esquece o que aconteceu e tem a sua leitura.
É claro que, no PSD, este episódio é desvalorizado. Mas a verdade é que se trata de uma "ocorrência" política que pode ter, também, uma leitura política nos caminhos da sucessão de liderança, que poderá ser colocada em poucos anos.
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