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Albuquerque afastou os que criaram ódios internos e rasto de destruição governativa

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura



Sara André usa expressão de Albuquerque (Quem quer ser anjinho não venha para a política”) para dizer que "serão sempre precisos “anjinhos”, porque no futuro poderão ser estes a salvar o dia".




O presidente do Governo Regional e líder do PSD Madeira silenciou, de facto, a oposição interna, também a externa, mas a interna foi mais estrondosa por ter acontecido em duas fases, antes e depois das eleições. Foi uma estratégia que resultou, até nos eventuais meios menos ortodoxos utilizados e que, na política de hoje, são eficazes e não trazem consequências, uma vez que os eleitores, muitos, não querem saber disso para nada, querem saber é se não vão perder as mordomias que o tempo foi alicerçando sob as mais diferentes formas e conteúdos. Nos meios pequenos é mais notório. Teve mérito o autor e não tem menos legitimidade por isso, é assim mesmo e assim será por muito tempo. Mesmo que o conceito de mérito esteja, também ele, enviezado politicamente. Mas é o que é. Como refere um lugar comum: o povo é soberano. O Governo, agora, também.

Neste enquadramento global, a antiga deputada Sara André, apoiante de Manuel António Correia na corrida interna pelo poder, também esta uma pretensão "arrasada" pelos resultados, veio a público abordar algumas questões pertinentes sobre apoios, mas muito mais sobre a resistência de Miguel Albuquerque, sobretudo a "arte" do líder para se proteger prometendo proteger. Até os "mais papistas que o papa", como escreve Sara André, saíram de fininho.

A social democrata escreve partindo de uma frase do líder: "Há uma frase proferida por Miguel Albuquerque, ao longo da crise política na Madeira, que ficou-me na memória: “Quem quer ser anjinho não venha para a política”.

Questionava-me tantas vezes se este devia ser o discurso correto,  especialmente de um presidente, pois o seu significado, para mim, é que na política não há regras e vale tudo".

E a partir daqui, discorre sobre o assunto: "Miguel Albuquerque não foi anjinho. Resistiu a tudo e a todos, usou todos os meios, quebrou todas as regras internamente, aproveitou todos os medos ideológicos internos e externos , usou as estatísticas e os resultados economicos e ganhou. Miguel Albuquerque ganhou em toda a linha e sobre todos.  Não ganhou só eleições, ganhou todas as condições políticas que se pensavam difíceis de voltar a alcançar, calando críticas (como a minha) sobre as dificuldades que teria na obtenção de uma governação estável.

Continua a ganhar, mesmo no “day after”, afasta com pragmatismo e realismo quem, do seu lado, contribuiu para os ódios internos, para a divisão assoberbada, e deixou um rasto de destruição governativa sob a sua batuta. Continua a ganhar quando minimiza agora as opiniões divergentes do passado e sabe que a normalização e a paz social serão a sua maior arma. Com tudo que aconteceu, sabe que não pode deixar que os “mais papistas que o papa” façam certos discursos e perseguições aos que foram opositores internos em determinados momentos, pois só  assim a união em torno do partido social democrata irá naturalmente acontecer nos momentos chave, seja por manifestações mais activas de apoio ou pelo silêncio.

Mas Miguel Albuquerque abriu uma caixa de Pandora cujos efeitos são imprevisíveis no futuro, na forma como se irão comportar os políticos. 

Não haja dúvidas, Miguel  Alburquerque não foi anjinho e ganhou, mas eu continuo a acreditar que na política serão sempre precisos “anjinhos”, porque no futuro poderão ser estes a salvar o dia".

Mas enquanto social democrata, Sara André também apoia a candidatura da coligação PSD/CDS à Assembleia da República. E reconhecendo "bairrismo", do "seu" concelho da Calheta, deixa duas referências: "Felicito dois calhetenses. Nuno Maciel será Secretário Regional da Agricultura e Pescas e Doroteia Leça que, com certeza, será a nossa Presidente da Câmara Municipal da Calheta, e a primeira mulher a ter um lugar executivo no nosso concelho".


 
 
 

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